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quarta-feira, 24 de abril de 2019

Direito à Vilanagem

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Vão é o direito de votar,
No vão vive o povo anulado,
Vão foi o cego desejo popular,
    Em vão foi o direito conquistado!...

Um só ditador de uma ditadura,
Leis veladas de vários ditadores,
Reage um povo com brandura,
     Ao potentado dos senhores!...

Por cultos, no lado de fora do curral,
O direito de induzir ao culto, o gado,
É a muito culta vilanagem, em geral,
Que celebra o direito, do outro lado;

É vã cultura do vão povo enfartado,
Que olha a vã liberdade na diagonal,
Do seu vão futuro pouco importado,
     Farta vilanagem de vão olhar frontal!...

É o fartar da vilanagem,
Vilanagem que nunca se farta,
Do direito à sua egoísta vantagem,
     Sobre o povo, a quem raios o parta!...
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segunda-feira, 23 de abril de 2018

Cores do Amor e do Ódio Suave (+ ou - Um Soneto à Portuguesa)

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Quando o ódio se transfigura em amor,
E pensamos amar aqueles que odiamos,
Sentimos o silêncio transfigurado da dor,
    A beijar cesuras pungentes que amamos!...

Quando o amor se transforma em ódio,
E pensamos odiar aqueles que amamos,
Sentimos os efeitos lancinantes do sódio,
   Mordendo feridas abertas que odiamos!...

Suamos a nossa bandeira com suas cores,
Salgamo-nos com nossas cores acolhidas,
Para saciar cores dos enganados amores;

E foram as salgadas lágrimas escondidas,
Substituídas pelos netos dos corruptores,
   Sangue colorido das feridas corrompidas!...


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