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segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

Na queda de Jesus (Vazio de Deus)

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Nada é mais real,
Do que a incoerência,
Jesus passou a ser algo virtual,
E ninguém resiste à inconsciência,
Desse vazio de estranha influência,
Que esvazia o sentido do Natal;
Jesus começou a deixar de existir,
Bebem-se pecados pelo santo Graal,
Nada mais, d’Ele, parece persistir,
Há um abismo em pleno ritual,
Uma ceva sacerdotal,
    Dada a consumir,
        A uma fé digital!...

Como há de o Natal resistir?!...
Como há de resistir Jesus cristo,
Se, por podre causa de tudo isto,
Só os hipócritas jamais irão desistir,
De os condenados animais confundir,
    Com o virtual alimento previsto?!...

Deus já não existe,
Jesus foi um homem qualquer,
A Fé sobrevive na Alma que resiste,
 Não na mentira do venha o que vier!...
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sábado, 23 de dezembro de 2017

Inocente sem Culpa


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Tudo à sua volta O deveria ser,
Desejos simples, humildes, justos,
Mas a humildade tem os seus custos,
Custa muito perder a força do poder,
Uns corrompem seus próprios sustos,
Só Jesus não teve culpa de nascer!...

Nascem todos para morrer,
E só não morre quem não nasce,
Tantos morrem sem a vida aprender,
Tantos são os que morrem sem o saber;
Se toda a morte se fosse e, única, a vida ficasse,
A morte do fim, por seu nascido princípio, acabasse,
Seria a morte do sentido da vida sem a querer,
E sem querer, a vida da verdade se desviasse,
A viva verdade que pela vida a pudesse ver,
   Sem que visse algo que na morte amasse,
      Amor nascido para do Exemplo viver!...

Mas por nossa tão triste sorte,
Quando todos O deveriam ser,
Todos comemorarão sua morte,
Com prendas e trocas de prazer;
Resta o exemplo cheio de vida,
Que à morte não há de ceder,
Talvez muita Fé pareça perdida,
Mas é apenas uma despedida,
   E encontro que há de suceder!..

Á sua volta alimentam seu exemplo,
Exibem o Homem em apelo à consciência,
Enchem de ouro e pecado cada templo,
    Jesus não é culpado da sua inocência!...
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sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Ponto de Luz (Estrela)

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Talvez fosse um mago, na noite, perdido,
Entre a escuridão e o que , por mim, desconheço,
Trespassou-me uma estrela de brilho entristecido,
Vejo seu voo triste e entristeço,
Falta-me a luz e anoiteço,
Procuro-me no sinal,
Na verbo impessoal,
Na escuridão e não me reconheço,
Sucumbo sob mim, triste e enfraquecido,
Não sei com quem,  na escuridão, me pareço,
Dou-me a mim mesmo como desaparecido,
Espero a estrela que brilhava comigo,
Aquela guia universal,
Luz de Deus consensual,
A mesma luz que a Vida trás consigo,
   Sinto que a Vida nasce e amanheço,
Chega a natividade que persigo,
Não sei se tal Luz mereço,
Nasce a Luz de Natal,
    Sorrio e adormeço!...
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terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Não Sei o Que Dizer

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Tantas são as palavras de amor,
Tão pública a compaixão pelo mais pobre ser,
E, não sabendo, aqui estou eu sem nada saber,
Pouco ou nada sei, afinal, sobre a explícita dor,
Pouco sei do que sabe Deus e Nosso Senhor,
Nem sei com quantas palavras fazer,
O que não faço por não perceber,
As silenciosas Palavras do Criador,
E ao seu sábio silêncio me submeter,
Na esperança de ser-me posto ao dispor,
A Fé inabalável de jamais deixar de crer,
Nesta alma aprisionada em meu exterior;
-Liberta minha Alma em meu interior,
Anseio por meu coração enternecer,
Liberto do limite, fazer-me crescer,
Ser como teu terno coração acolhedor,
Onde eu acolha toda a vontade de merecer,
Tua divina força que me convide a fortalecer,
Até à força de ajoelhar-me como humilde vencedor,
Até ser capaz de todas as fomes, humildemente, vencer,
Derrotar, meigamente, guerras e provar o divino sabor,
    Do que a tua doce bondade me possa conceder!...

Não sei que dizer,
Desta fome que não pára de alastrar,
De todas as lágrimas que já deixaram de brilhar,
Das crianças que deviam ter lugar em nossos corações,
As nossas crianças que não aprenderam como não chorar,
Choram por todas as lágrimas ausentes de todas as nações,
Só não aprenderam a chorar pelas suas cruéis privações,
Não sabem a quem suas lágrimas, brilho estão a dar,
Lágrimas cantadas em valiosas canções,
Música e diamantes que a fome continua a alimentar,
Sobre tocantes lágrimas de caridade, erguem-se instituições,
Em nome de Deus e dessa caridade incapaz de ajudar,
O coração sem Alma de todas as frias emoções!...

E esta minha vergonha que não pára de crescer,
Cercada por terços feitos de lágrimas em suas orações...
   Diz-me Tu, meu Deus, porque eu não sei o que dizer!...
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sábado, 27 de dezembro de 2014

Dióspiros Silenciosos (O Fruto Maduro de Deus e a ilusão da carne)


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…e vieram os dias seguintes,
Dias de silêncio e pouco luminosos,
Dióspiros vão amadurecendo, silenciosos,
Como sombras maduras da luz dos pedintes,
Revelavam-se tímidos aos cegos ouvintes,
Olhos fechavam-se aos frutos preciosos,
     Amoucados com todos os requintes!...

Gente de carne, osso e pensar desossado,
Comem carne e os ossos até morrerem de fome,
Aos humildes dias de fartura comeram-lhes o nome,
Sem nome, vai passando o esquecido passado,
Pelo amanhã sem futuro que gente come,
Até restar um obeso dia de pecado,
Que um dia de tão enjoado,
      Nele mesmo se some!...

Há um dia cheio de Luz em que Ele nasceu,
Um dia antes do milagre, só se pensa em comer,
O dia seguinte apresenta a conta pelo que se comeu,
Por conveniência, a fome fez de conta que morreu,
A magra fé no alimento da Alma continua a morrer,
A necessidade da Alma alimentada desapareceu,
     E a ilusão da carne na carne continua a nascer!...

Confunde-se a falta de fé com inocência,
Ter fé na bondade é para pobres inocentes,
Avaros, os cépticos continuam prudentes,
Em vez da Alma e consciente consciência,
Preferem esconder Deus entre dentes,
  E morder a língua em feliz aparência,
     Continuando sem fé e descrentes!...

Lá virá outro Natal,
Natal que todos os dias será,
Jesus é menino todos os dias, afinal,
Para cada filho de Deus há um dióspiro bem real,
      Fruto da árvore daquele que dela cuidará!...
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quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Fruto de Deus e de Sempre


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Há vestígios das vindimas feitas,
Campos enfeitados por aspereza,
O denso nevoeiro realça a tristeza,
As árvores tristes dormem direitas,
Sonham com tempos de colheitas,
E fartura de sua ostentada beleza,
São invernais desolações perfeitas,
Espectros imóveis de fria pobreza,
    Destinadas a esperanças refeitas!...

Dióspiros dos braços despidos,
Que os braços vergais devagar,
Abraçam-vos e quase vencidos,
Hão, de fazer-vos amadurecidos,
No Inverno irresistível ao olhar,
Sereis reis e de beleza providos,
A beleza que vos hão, de cobiçar,
Pobres e reis vos hão, de beijar,
Serás ímpar entre frutos caídos,
     Fruto que de Deus hás, de saciar!...

Ele nasce nos braços vergados,
Vergados pela sua Humanidade,
Humanidade dos esperançados,
A esperança nos dias esperados,
     Aniversário do Fruto sem idade!...
E a humildade,
A inocência,
A simplicidade,
A vulnerabilidade,
  E a sua essência,
Fruto e bondade,
       A divina evidência!...
O sinal…
A Luz…
Dia de todos os dias e Jesus…
   Dia de Natal!...
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terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Família Sem Impressão Digital


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“Ao rir-me da postura de seriedade,
Rasgo-me de riso com vontade,
Do meu produto mais sério,
Embrulho-o em mistério,
Ato-o com verdade,
Ajo com critério,
      E sobriedade!...”

*

Vendem-se Natais,
Compram-se os pais do Natal,
Apagam-se as impressões digitais,
Surdem com apelativas aparências divinais,
Mãos lisas que tentam alisar a Marca ancestral,
Sem deixar marcas, apagando a Santa Marca imaterial,
Do Fruto da árvore Mãe com as suas raízes mais naturais,
Árvore que com seus ramos cobertos por cada folha celestial,
Com sua árvore companheira, são raízes essenciais,
Do humano valor natural,
Em (e)terna vigília,
Amor universal,
     Família!...

      Família!...
Essa qualidade de valor eterno,
Valor incalculável a perder-se no valor moderno,
Templo invertido que desaba de filhos para pais,
Abrigo em construção do desamor fraterno,
Construído sem impressões digitais,
Por seres lisos de todos os Natais,
Sem marcas nem aderência,
Sem humana clemência,
Lisos por vis metais,
Triste demência,
    E pouco mais!..

*

“Anseio estar tão só,
Com minhas lágrimas sós,
Ato o riso com cegos nós,
Embrulho critérios em pó,
Dou-me à piedade sem dó,
      E choro por mim e por vós!...”

    
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sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Advento em Desapropriação


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Espreitam dias de sonhos satisfeitos,
Dias insatisfeitos não querem adormecer,
Nascem dias iguais em dias de preconceitos,
Vivem-se dias de advento pelo dia que vai nascer,
São vendados os dias condenados a escurecer,
Há um dia de sol a nascer em todos os leitos,
A hipocrisia insinua-se antes do anoitecer,
Há fitas de ouro para os dias escorreitos,
E fitas tristes em dias desfeitos,
Dias de entristecer…
Dias em que a tristeza se vende aos dias,
Dias que silenciam a chegada do mais belo dia,
Anunciam-se dias de sonho com singela hipocrisia,
Um dia de barba branca vende-se entre mercadorias,
Veste sorrisos vermelhos debruados com inúteis alegrias…
Dias de mãos vazias contemplam a chegada do dia da alegria,
Vivem dias de respeito pelo advento com humilde euforia,
Não temem os dias de dar à luz em noites mais frias…
Têm dentro de seus dias um dia a bater de calor,
E dia algum, por mais dia frio que se faça,
Não fará do dia um dia de desgraça,
Porque não há dia de maior valor,
Do que aquele que não passa,
Dia do Filho do dia Criador,
E de todo o dia Pecador,
Dia de toda a graça,
    Dia de Amor!...

*

À espreita entre os dias de laboratório,
Dias cobertos de trevas tentam alargar seu território,
Trazem calabouços para trancarem as noites da Humanidade,
Concederam aos piores dias a perfídia do dom oratório,
Negociaram a Luz da Alma pelo desejo corpóreo,
     Tendo a morte do Dia anunciado como finalidade!...
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quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Tão Natal... o fugaz!...


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Ali estava a inocência a brilhar,
Dando abraços abertos de luz sem brilho,
O brilho abria os braços aos abraços do olhar,
Mas, muitos braços de ferro, com medo de falhar,
    Falharam quando não tiveram força para abraçar um filho!...

…ali estava toda inocência a brilhar,
Sem o brilho que os olhos inocentes ferisse,
Envolto em pouco mais do nada que nele se visse,
Pouco mais do Verbo nu conjugado no Ser de se dar,
É divinamente misterioso o Verbo que se quer conjugar,
   Tão divino quanto o Amor que partilhado se sentisse!...

…ali, numa manjedoura ainda sagrada de quente,
Pelo bafo das vacas, de burros e de todos os cordeiros,
Depressa se transformou em lascas de secos madeiros,
     Prontos para serem dores da Humanidade que sente!...

...ali... aqui,
Talvez em ti,
Longe do mal,
Mais uma vez,
Do fugaz se fez,
    Mais um Natal!...
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sábado, 21 de dezembro de 2013

Natividade Perseguida


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Ainda o Amor não nasceu,
Cada vez mais o perseguem,
Como se o estivessem a seguir,
Seguem-no com paciência de santo,
Decidem deixá-lo viver, por enquanto,
E, na perseguida esperança de o ver cair,
Deixam que braços imperiais o peguem,
     Braços de guerra onde o Amor morreu!...

As palavras oferecem esperança vã,
No vão da escada que sobe até ao céu da Fé,
Sob o peso do ouro que se faz num pesado talismã,
Desce a riqueza, à procura de mais riqueza no amanhã,
Da sobrançaria da montanha, a vertigem não deixa ver o sopé,
      Uma criança é salva para salvar o Homem e, por ele, morrerá, até!...

E lá vamos tropeçando na perseguição incessante da fútil prenda,
Queremos o ouro e o acesso à escada que ao céu, na terra, nos leve,
Não é em vão que vivemos nesse vão, sob as escadas sem emenda,
  Vãs, sãoas nossas dívidas à dúvida mais certa que nada nos deve!...
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segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

A Pedinchice

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As crianças cumprem a ordem,
Espalham-se para pedir o que podem,
Pedem a quem puder dar o que puder,
Deu o último suspiro uma pobre mulher,
     E os ricos que pedem não lhe acodem!...

Uma jovem desnudada,
Pôs a nu alguma almas despidas,
Umas despiram-se da carne de suas vidas,
Outras vestiram-se com a sua carne desejada,
Enquanto uns se davam à Natividade marcada,
Recebendo a Esperança, para muitos, perdida,
     Almas perdidas pagavam por corpos de nada!...

As crianças continuam a pedir,
Dão inocência à inocência de quem dá,
Dão certezas do feliz Natal que alguém terá,
Ninguém lhes mente por não querer mentir,
Dão-lhes promessas da fartura que virá,
    Anuncia-se a fome que está para vir,
Os que recebem não vão acudir,
     E a pedinchice continuará!...

Uma alma simples partilha o pouco que tem,
Quem pouco tem, partilha muito do que recebe,
Não há significado para o preço a pagar a alguém,
Dos seus dias que partilha, nada deve a ninguém,
     Quem os diários da Alma partilha, a si, nada deve!...
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domingo, 15 de dezembro de 2013

Como a Tantos Pobres...

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Como em tantas outras formas de desprezar,
Não desprezando os filhos da pobreza do costume,
Familiares e amigos continuam a dar um ar do seu perfume,
Oferecendo as mais ricas desculpas para o pobre cheirar,
Ninguém lhe dá laços de lágrimas para o ver chorar,
      Nas lágrimas não há uma réstia de queixume!...

Como em tantas vezes que Jesus Nasceu,
Estrelas brilhantes têm um brilho providencial,
Lembro-me de ver uma luz que nos olhos pereceu,
Olhos afogados na sombra que a luz já esqueceu,
Uma centelha dá por momentos um forte sinal,
Um lindo sorriso estende-lhe a mão macia,
Deseja-lhe com carinho um feliz Natal;
Mais um pobre de esperança vazia,
Que nos sorriso dos outros se esbateu,
Lembro-me da inconsciência que se reacendeu,
Naquele distante encontro em desencontro total,
Uma lágrima incapaz de conter-se, apareceu,
E toda a igualdade se tornou desigual,
Igual a mais um diferente dia,
Muita tristeza recorda o sorriso que fugia,
Com a hipocrisia e avareza, e tão tal quanto qual,
Ainda dizem os ombros encolhidos do pobre que dizia:
-Bem haja, não faz mal!...

Como a tantos pobres que todos deveríamos ser,
Faltam muitas palavras, o pão, o calor e o saber Amar,
Em nossos olhos não falta esse egoísta desejo de tudo ter,
Há uma Luz humilde que nasce para nos fazer ver,
    E apenas olhamos o brilho que nos faz cegar!...

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terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Inocência da Luz

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Mais para o fim de um fim iminente,
No início dos princípios da iminência,
Um pequeno ser de pureza tão luzente,
De entre trevas nasce-Se Luz inocente,
  Dada à luz pela mais sagrada evidência,
De não ser culpado pela sua inocência,
     Condenação judaica de culpa evidente!...

Somos n’Ele todos nós como iguais,
Nascidos nus de todos os pecados,
Nus até à Alma de comuns mortais,
E por mortais comuns degenerados,
Cientes de virem a ser consagrados,
   Por vícios de vulgaridades normais!...

Mas se somos n’Ele de igual jeito,
A nua inocência condenada à culpa,
    Traremos nossa culpa presa no peito!...

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