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quarta-feira, 24 de abril de 2019

Direito à Vilanagem

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Vão é o direito de votar,
No vão vive o povo anulado,
Vão foi o cego desejo popular,
    Em vão foi o direito conquistado!...

Um só ditador de uma ditadura,
Leis veladas de vários ditadores,
Reage um povo com brandura,
     Ao potentado dos senhores!...

Por cultos, no lado de fora do curral,
O direito de induzir ao culto, o gado,
É a muito culta vilanagem, em geral,
Que celebra o direito, do outro lado;

É vã cultura do vão povo enfartado,
Que olha a vã liberdade na diagonal,
Do seu vão futuro pouco importado,
     Farta vilanagem de vão olhar frontal!...

É o fartar da vilanagem,
Vilanagem que nunca se farta,
Do direito à sua egoísta vantagem,
     Sobre o povo, a quem raios o parta!...
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quarta-feira, 15 de agosto de 2018

Talvez Apostasia

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Lá do alto, onde a cegueira o via,
Ele observava do seu altivo olhar,
Do alto a baixo, fé perpendicular,
Uma linha, o caminho da idolatria,
Perfeito em sua forma de fantasia,
Até que algum corte fizesse falhar,
     Tanta fartura de fé, luz de cada dia!...


Pura, a carne virgem na horizontal,
Deitada num desejo que a despia,
Fitava o brilho do que a confundia,
Todas as estrelas do seu céu carnal,
O desejo e a confusão,
 O pecado e a confissão,
O medo do corte, castigo corporal,
E o sangrar do corte que não queria,
Corte que já fora perfeito e vertical,
O seu acto de contrição,
  Talvez a liberdade, talvez apostasia!...
 
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